segunda-feira, junho 13

Algo sobre Direitos Humanos

Inscrevi-me em um concurso para Técnico de Laboratório no Instituto de Tolerância da USP. Não passei, pois creio ter zerado a prova prática de Final Cut (a marmota de um programa de edição de vídeo que eu nem sabia que existia). Pois é. O fato é que a bibliografia para a prova teórica me arrebatou. Dez livros sobre direitos humanos. Li todos e quanto mais eu lia, mais me encantava! É um assunto apaixonante! Direitos Humanos!!!! Adoraria me especializar nisso!!! Gostaria de reformular a Declaração Universal dos Direitos Humanos e conseguir que todos os países (todos mesmo) assinassem a nova versão. É que a Declaração de 1948 foi escrita por alguns gatos pingados, assinada por menos de 20 países e espera-se que o mundo todo concorde com ela e a siga como regra. Injusto, absurdo e inaplicável.
Obviamente minha pretensão é enorme... Mas é diretamente proporcional ao tamanho do problema. Como querer que países tão diferentes adotem um mesmo conjunto de regras? A globalização aproximou os países nos aspectos tecnológicos e científicos, mas nos costumes e tradições pouca coisa mudou. Acho até que houve uma valorização das tradições! No Brasil, por exemplo, é crescente o movimento de valorização da cultura caipira!!! O caipira, que antes era alvo de chacota e preconceito, hoje é considerado um representante legítimo do Brasil. O índio também! Hoje em dia há na Constituição leis que os protegem e que legislam sobre a educação indígena, a fim de que a cultura deles não se perca.
Por outro lado, esse movimento de valorização, quando mal direcionado, infla intolerâncias e preconceitos. O projeto de impedir estrangeirismos na Língua Portuguesa é um exemplo. Alegando estar querendo evitar a corrupção da Língua, o deputado que propôs essa medida ignorou que a Língua é viva e que o aumento do léxico não prejudica a estrutura! A xenofobia é um outro problema... ainda mais grave.
Há muitos aspectos a se considerar nesse assunto... mas já chega. Termino com uma bela citação: “(...) temos o direito a ser iguais quando a diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza” (Boaventura de Sousa Santos)

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